A Optibus, uma startup israelense, com a plataforma mais avançada do mercado para otimização do planejamento das operações de transporte público, acredita que no caso do transporte público, a eficácia precisa ser tanto avaliada quanto gerenciada. Quando avaliada, pode-se produzir uma série de “insights” [percepções], capacitando as agências e os operadores a conferir se seus recursos estão alocados de maneira que o melhor serviço possível seja oferecido.
O que os Operadores de Transporte Público pensam sobre a Eficácia de seus Serviços? Como eles os avaliam? A Optibus promoveu um webinar sobre como mensurar e aperfeiçoar a eficácia de um serviço de rota fixa, e apresentou a sua visão sobre como utilizar as métricas de eficácia e “benchmarks” [análise comparativa] enfatizando o forte vínculo entre o planejamento de qualidade e a eficácia.
Durante o webinar fizemos uma pesquisa com os participantes e obtivemos algumas respostas interessantes especialmente sobre como eles abordam o cálculo da eficiência. Embora eles não mensuraram necessariamente as mesmas coisas e tinham diferentes opiniões sobre possíveis fontes de ineficácias, todos eles concordaram em uma questão: baixa eficiência significa baixo desempenho em tempo real.
Perguntamos aos entrevistados o que eles acreditam que está prejudicando a eficácia em sua rede de transportes.
Design da rede – Vários entrevistados (31%) alegaram que o design da rede foi o principal fator que prejudicou a eficiência, refletindo talvez um design de rede fraco criando rotas, horários e localização de garagens ineficientes.
A satisfação do condutor e/ou escassez – A necessidade de se lidar com escassez de condutores ou com sua satisfação por meio do oferecimento de melhores horários de trabalho, foi selecionada pela segunda maior categoria dos entrevistados como o maior obstáculo à eficiência. Isto pode ser muito semelhante com o que 10% dos entrevistados quiseram dizer quando indicaram “conformidade com os requisitos do trabalho”, como um fator que está prejudicando a eficácia dos mesmos. Juntas, estas duas respostas representam 36% dos entrevistados. Uma vez que a eficiência do transporte é altamente influenciada pela necessidade de se criar boas tarefas para motoristas, de lidar com a escassez de condutores e a necessidade de se estar alinhada com os requisitos do trabalho, uma incapacidade atender quaisquer desses fatores pode, de fato, prejudicar a eficiência (na verdade, eis a razão pela qual a otimização de horários existe). Isso é, também, o que possivelmente significava quando os entrevistados (16%) mencionavam “problemas com os horários”, visto que a incapacidade de lidar com regras e preferências, e de criar um horário otimizado pode, realmente, prejudicar a eficiência.
Preocupações quanto à confiança – Uma resposta interessante foi “preocupações quanto à confiança”, indicada por 16% dos entrevistados. À primeira vista, pode-se questionar o que confiabilidade tem a ver com eficiência. Mas, na realidade, há uma relação, pois se a confiabilidade de um serviço for fraca como resultado de um desempenho em tempo real ruim, a capacidade de se planejar ou de se esperar que a programação irá funcionar no mundo real, irão, de fato, se mostrar problemáticas.
Por que a eficiência deve ser melhorada?
É bastante óbvio que a eficiência deverá ser melhorada por uma série de razões, mas queríamos saber qual é a principal área de foco é para aqueles que buscam aperfeiçoar a eficiência.
Vinculando-se à menção anterior relacionada às preocupações quanto à confiança, na questão atual 52% dos entrevistados responderam que seu objetivo primário no aprimoramento da eficiência é investir em confiabilidade ou performance do desempenho em tempo real.
A próxima meta é um melhor uso dos recursos, possivelmente alocando melhor as despesas para aumentar a frequência de viagens.
E, finalmente, 16% dos entrevistados parecem estar preocupados com o fato de que sem eficiência, eles não estão utilizando bem os seus recursos, tais como pagamentos desnecessários de horas extras.
A Eficiência é calculada? Como?
Também perguntamos “Como você está medindo a sua eficiência hoje?” (isto aconteceu antes de apresentarmos nossa sugestão de como mensurá-la). A resposta a curto prazo é: depende. Os entrevistados da pesquisa não medem a eficiência de maneira uniforme, o que significa que a indústria, como um todo, está longe de decidir uma forma comum de abordar as questões de eficiência.
- O custo do rendimento por quilometro percorrido está presente em 12% dos entrevistados. Esta é uma medida com base em custos e normalmente não são apropriadas para comparar despesas entre agências/operadores, nem para certos fatores como o aumento de remuneração e flutuação de custos. Neste caso, “benchmarking” com outra agência não fornecerá muitas informações. Eis porque recomendamos que se siga uma proporção de custos ao invés de um valor monetário absoluto.
- Horas de trabalho X horas pagas é um indicador de eficiência com base na proporção (acreditamos que isso deveria primordial na medição de eficiência), e só obteve 5% das respostas.
- Requisitos de veículos em horários de pico foi mencionado em 1% enquanto, de fato, pode refletir eficiência, porém não deveria ser a métrica principal.
- “Uma mistura dos elementos acima” foi o que 74% dos entrevistados optaram. Isso significa que ninguém tem realmente a certeza sobre qual é a melhor forma de se calcular a eficiência?
Há respostas corretas?
Todas as respostas acima estão corretas de uma forma ou de outra. O ponto principal é que a eficiência do benchmarking é importante pois pode oferecer uma visão sobre como alocar recursos e melhorar o serviço. Focar na eficiência pode ser o condutor de uma atenção maior na otimização de planejamento, uma vez que este rendimento, na nossa experiência, está intimamente ligado com a qualidade de otimização. O que é mais interessante e esclarecedor é que quando uma rede é eficaz, a sua confiança também cresce. Embora você possa contestar que eficiência e desempenho em tempo real não estão diretamente correlacionados, a eficiência está ligada à capacidade de gerenciar bem uma rede e, uma vez administrada corretamente, esta também tem um melhor desempenho.